-- DoriedsonAlmeida - 27 Mar 2007

SUB-TEMA: PLANEJAMENTO DE AULAS/ENSINO X INTERAÇÃO COM AS TIC

TEXTO PRODUZIDO

Fazem aproximadamente 03 décadas que nossos espaços de convivência social experimentam um processo de sobreposição jamais vivito antes: veio a TV, mídias diversas, interfaces, softwares, a internet, a realidade virtual, os celulares e sinalizam para a convergência de todos esses apaaratos tecnológicos. Daí, emergem novos espaços lugares lugares, entre-lugares não-lugares que a escola única, normatizante e padronizadora da modernidade não acompanha/acompanhou.

Talvez isso de deve à velocidade com que tudo isso ocorre, mas, podemos pensar tambem numa espécie de bloqueio premeditado por parte de setores do planejar/fazer escolar. Afinal, lutas pela produção e controle da informaçao e do conhecimento estão no centro das questões de nosso tempo.

Não são poucas as iniciativas, pesquisas e políticas públicas e o montante de recursos empregados para disseminar o uso de TICs nas redes públicas e ptivadas de ensino. Também não são poucos os desafios para tal disseminação e para inclusão dessas redes nesses novos espaços/tempo. Então, se temos recursos, pesquisas em andamento, tecnologias diversas ávidas por ser “consumidas”, onde está o problema?

Diro isso, inicio minha tentativa de nessa breve dissertação/texto sobre como planejar e avaliar ensino e suas interações/tensões com as TICs nesse mundo em que TICs nascem e morrem numa velocidade espantosa. Para tanto, minha linha de raciocínio percorrerá três pontos principais:

1)Políticas públicas e modelos de uso de TICs daí decorrentes 2)A (re)invenção e criação de novos espaços 3)Questões sobre como (re)pensar a avaliação nesses contextos

Vejo a escola como uma espécie de elo perdido que deve se encontrar e buscar formas de mediar relações sócio-afetivas entre crianças, adolescentes e adultos em seu lidar/labor com as TICs. Daí, inúmeras proposições e caminhos são possíveis. Como nosso propósito nesse texto é discutir planejamento do ensino, avaliação e tecnologias contemporâneas considero importante mencionar algumas políticas públicas nesse campo para indagar algumas questões pontuais. Tais políticas são o PROINFO, a TV Escola e os programas destinados a oferecer conexão a iternet em escolas e comunidades excluídas sócio-digitalmente, denominados de programas de “inclusão digital”. Vamos aos pontos: Tais programas permitem a (re)invenção de espaços? Permitem o pensamento criativo? Permitem compartilha e colaborar para a construção do conhecimento? Interagem e dialogamo com o saber local? Ronpem com a escola única? Permitem novas formas de avaliar? Valorizam as diferenças?

Ou, ao contrário:

São homonegeizantes? Padronizam e geram exclusão quando deveriam incluir? Reforçam práticas didático pedagógicas inadequadas? Engessam nossa diversidade e riqueza Cultural? Sacrificam inteligências em nome do racional e do lógico?

Levanto essas questões com a finalidade de externar minha preocupação com o uso/forma pela qual as TICs vem se dinfudindo nas redes de ensino e por acreditar que isso ocorre devido à visão dos formuladores de políticas públicas e também dos gestores/usuários locais de tais espaços/tecnologias.

Para falar da (re)invenção e criação dos novos espaços basta pensar nas salas/laboratórios de informática, salas de vídeo e TV, na internet, ou então nas lan-houses casas de rede, telecentros e nas muudanças nas sala de estar/jantar das famílias – caberia aqui um recorte para analisar os perfis sócio-econômicos dessas famílias e como elas vem se apropriando das TICs -, mas não é esse o nosso propósito no momento. Enfim, novos espaços foram re(in)ventados e os alunos não aprendem mais só na sala de aula moderna.

Porque crianças e adolescentes adoram internet, blogs, flogs, jogos on-line, cassas de rece, simuladores, etc.? Será que isso afeta sua cognição? A escola contemporânea estaria dando conta de mediar essas questões?

Deixo tais questões em aberto pois sinceramente não tenho respostas, entretanto penso que se não repensarmos essa mediação e a forma como a escola e os professores relacionam-se com as TICs e as inserem nos contextos multi/trans/interdisciplinares de sua práxis educacional cotidiana, continuaremos sem condições de dar conta desses desafios. Novas formas não únicas, não padronizadoras que permitam dialogar com a cultura e o saber local devem ser perseguidas.

Dessa (re)invenção de lugares, entre e não lugares volto meu olhar para como (re)pensar a avaliação e o planejamento educacional nesse contexto e novamente pontuo algumas questões:

Como formular políticas capazes de respeitar nossa riqueza e diversidade cultural? Existiria formas caóticas e contra-hegemônicas capazes de dar conta dessa complexidade? Ou, estamos condenados ao mundo em série, onde mais dia menos dia, vamos avaliar nossos alunos pelo código de barra que trazem na nuca ou na testa, ou por um microchip subcutâneo?

Ou, então:

As TICs podem nos ajudar a pensar novos modelos, formas de planejar, educar, avaliar:

Respeitando as diferenças; Valorizando as diversidades; Fortalecendo o afeto e as relações humanas, sobretudo para possibilitar a cooperação/colaboração e o compartilhamento do saber.

Sem pretensões conclusivas, cabe-me agora, ao fim dessa pequena reflexão dizer que múltiplos caminhos são possíveis e estão em processo de construção o que a meu ver só aumenta o desafio e a responsabilidade da escola enquanto executora de políticas, formadora e avaliadora de pessoas em seu interminável labor cotidiano.

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