PROPOSTA DE MODELO PARA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UFBA

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 JUSTIFICATIVA

3 MODELO DE GESTÃO

4 MODELO DE ORGANIZAÇÃO

  1. 1 VISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA

5 IMAGEM-OBJETIVO

6 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS 1 INTRODUÇÃO

Neste reitorado, a comunidade da UFBA, mais do que esperar, acredita firmemente na possibilidade de implantar um modelo de organização e gestão para suas bibliotecas, alinhado aos novos paradigmas das organizações contemporâneas. Caracterizadas pela demanda/disponibilização de grande volume de informação e por estruturas ágeis, flexíveis, elas encontram o modo de viabilizar suas funções na eficácia e efetividade dos seus sistemas de informação e comunicação.

Considera-se que, de alguns anos para cá na Universidade, há uma consciência coletiva quanto ao esgotamento do modelo do atual Sistema de Bibliotecas – uma Biblioteca Central e 30 setoriais - e das tentativas até então experimentadas, apesar dos esforços empreendidos por muitos dirigentes, e dos resultados obtidos, mesmo que isoladamente, ao longo dos anos.

Superar o modelo esgotado requer um esforço coletivo de pensar as Bibliotecas numa nova perspectiva, para a qual devem concorrer não só a Administração Central e o próprio setor Biblioteca, mas a comunidade como um todo e algumas Unidades /Órgãos em particular, como o ICI, CPD, ISP, por exemplo.

Neste sentido e motivada pela iniciativa e por demanda do Reitor, a atual direção da Biblioteca Central reuniu técnicos e docentes, visando a elaboração de uma proposta de modelo, que viesse a constituir-se em ponto de partida para discussões e decisões das instâncias competentes.

Deste grupo participaram bibliotecários, representando as diversas áreas da Universidade, conforme pode ser conhecido no Anexo A.

Esclareça-se que a referida equipe concebeu não uma estrutura organizacional – porquanto seria prematura desenhá-la – mas tão somente a visão funcional do futuro Sistema, buscando demonstrar a integração e a multidisciplinaridade das funções próprias das bibliotecas acadêmicas, com os programas e projetos que deverão dinamizá-las.

2 JUSTIFICATIVA

A experiência da USP em organização e gestão das bibliotecas acadêmicas, ocorrida no final dos anos 90 e originada na Faculdade de Saúde Pública, está servindo de modelo para todo o Sistema de Biblioteca e Informação daquela Universidade, sendo voltada para a implantação de nova visão de que suas bibliotecas devam constituir-se num “modelo brasileiro de excelência” (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2001). A liderança inconteste da USP e o êxito que vem sendo experimentado com suas iniciativas inovadoras, levaram os bibliotecários da UFBA – estimulados pela decisão do atual Reitor sobre o assunto - a compreender a necessidade premente e a considerar este o momento oportuno para que sejam integradas as tradicionais funções das bibliotecas “com novas funções, compatíveis como os [...] paradigmas da informação” (ANDRADE et al. 1998, p. 311). A perspectiva que se descortina, assim, é da inserção do setor biblioteca numa proposta institucional, voltada para dar suporte às condições de inovação e expansão dos programas de ensino, pesquisa e extensão, visando ao desenvolvimento das Ciências, das Artes e das Letras, no âmbito da Universidade e da sociedade.

Com esta motivação, propõe-se que o modelo de organização e gestão do futuro Sistema de Bibliotecas da UFBA, seja desenvolvido a partir dos seguintes critérios: a) racionalização e otimização dos recursos; b) qualificação dos serviços prestados às funções de ensino, pesquisa e extensão; c) capacitação do seu quadro de pessoal; d) modernização e ampliação da sua infra-estrutura tecnológica; e) estrutura horizontalizada, matricial, que propicie ações multidisciplinares.

3 MODELO DE GESTÃO Os novos papéis assumidos pelas bibliotecas da UFBA devem ser apoiados pela seguintes premissas:

orientação por planejamento (diagnóstico, avaliação, processos, projetos) ação colegiada formação de equipes transorganizacionais e de parcerias aprendizagem contínua integração e comprometimento de todos os elementos do futuro Sistema comunicação eficaz inovação e produtividade de resultados foco no usuário. 4 MODELO DE ORGANIZAÇÃO

O Sistema de Bibliotecas deverá ser constituído por uma Diretoria e por 12 Bibliotecas, agrupadas temática e/ou geograficamente, conforme segue:

1. BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE [médio Canela] ENF HUPES ICS ISC MED NUT ODO

2.BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA[Campus Federação/Ondina]

FIS GEO [Geociências, Geografia] QUI

3. BIBLIOTECA DE HUMANIDADES, BIOLOGIA E MEDICINA VETERINÁRIA1 [ex-Biblioteca Central, Campus de Ondina]

BIO CEB COM DAN2 ICI LET MEV CPD MAT FAR

4. BIBLIOTECA DE GESTÃO [baixo Canela] ADM [Administração e Secretariado] DIR ECO [Ciências Econômicas e Ciências Contábeis]

5. BIBLIOTECA DE ARTES [entrada do Campus de Ondina] DAN EBA MUS TEA

6. BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS [São Lázaro e Alto de Ondina] EDC [Pedagogia, Educação Física e Licenciatura em Ciências] FFCH [História, Ciências Sociais, Museologia, Psicologia] CRH

7. BIBLIOTECA ENGENHARIA E ARQUITETURA [Campus da Federação] ARQ ENG

8. BIBLIOTECA DE AGRONOMIA [Cruz das Almas - BA] 9. BIBLIOTECA CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS (CEAO) 10. BIBLIOTECA MATERNIDADE CLIMÉRIO DE OLIVEIRA (MCO) 11. BIBLIOTHECA MEMORIAL DA SAÚDE BRASILEIRA (BMSB) 12.BIBLIOTECA MUSEU DE ARTE SACRA (MAS)

4.1 VISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA

Quanto à visão funcional: O desenho a seguir proposto reflete os critérios e premissas que embasam a estrutura e o funcionamento do futuro Sistema. Esclareça-se, no entanto, que a Diretoria e as Bibliotecas serão, de per si, estruturadas organizacionalmente por meio de futuros instrumentos institucionais, dentro das quatro grandes funções desempenhadas pelas bibliotecas acadêmicas: no nível estratégico, pela Diretoria no nível operacional, pelas Bibliotecas.

Visão Funcional

Colegiado

Diretorias

Chefes das Bibliotecas

Programas/Projetos

Funções

IMAGEM-OBJETIVO

Sistema de Bibliotecas da UFBA:

adotará o planejamento e a avaliação como sistemáticas regulares, voltadas para a racionalização, otimização/ampliação de recursos, e para a implementação de ações conseqüentes dentro das políticas universitárias; contará com pessoal altamente capacitado para o desempenho de funções especializadas e multidisciplinares; terá a participação efetiva dos seus membros no planejamento de sua gestão; buscará a sua integração aos planos e ações institucionais, na perspectiva do comprometimento com os destinos da UFBA; oferecerá serviços e produtos de informação, a partir das tecnologias de informação e comunicação, visando a atender a pluralidade das demandas acadêmicas; buscará resultados orientados para a satisfação dos usuários Do Sistema.

6 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

A estrutura que representará e viabilizará o funcionamento da Diretoria e das Bibliotecas terá o seguinte desenho:

Quanto às funções e subfunções:

FUNÇÕES SUBFUNÇÕES DIRETORIA BIBLIOTECAS 1. Administração e Gerência Colegiado Consultivo e/ou Deliberativo Diretoria [Diretor e Secretário] Assistência ao Sistema [Políticas; Orçamento; Tecnologia; Educação e Capacitação; Informações Gerenciais; Preservação e Restauração] Secretaria Administrativa [Contabilidade, Pessoal, Serviços Gerais]

Colegiado Consultivo e/ou Deliberativo Chefia [Chefe, Vice] Secretaria Administrativa 2. Formação e Desenvolvimento de Coleções Compra Intercâmbio [doação e permuta na Rede local e Central de Duplicatas] Seleção Doação e Permuta Preservação Avaliação de Coleções

3. Controle Bibliográfico Registro Catalogação / Classificação [novas aquisições] Controle de qualidade da Base de Dados Bibliográficos Registro Catalogação/classificação [doações, compras locais, coleção retrospectiva] 4. Informação, Documentação e Comunicação Serviços Produtos Serviços Produtos

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisada pelas instâncias competentes – e acrescida dos ajustes necessários ao seu alinhamento às políticas acadêmicas – esta Proposta será transformada em Plano de Ação para o período 2004/2006. O referido Plano compreenderá linhas, objetivos e metas de trabalho, associados a cronograma e a equipes operacionais, além da indicação de possíveis parcerias e financiamentos. A magnitude desta Proposta, no sentido dos benefícios que poderá trazer para a Universidade, faz com que sejam reiteradas a expectativa e a disposição de que esse reitorado tenha êxito e o apoio necessário para empreender o seu projeto para as Bibliotecas.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Maria Teresinha Dias de et al. Mudanças e inovações : novo modelo de organização e gestão de biblioteca acadêmica. Ci. Inf., Brasília, v. 27, n. 3, p. 311-318, set./dez. 1998.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Sistema Integrado de Bibliotecas. Modelo de gestão: proposta para o SIBI/USP. São Paulo, 2001. 51 p.

-- NelsonPretto - 27 Sep 2006


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