Difference: ConsultoriodeRua (2 vs. 3)

Revision 312 May 2010 - PaulaBoaventura

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"Observar a excepcionalidade e não a banalidade", postura aprendida na convivência com o sociólogo Gey Espinheira, em avaliar atentamente as experiências vivenciadas. Esta perspectiva, somada a várias inquietações, foi um dos aspectos que possibilitou o coordenador do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas da UFBA (CETAD), Antônio Nery Alves Filho, a idealizar um espaço clínico inusitado, o Consultório de Rua, desenvolvido e executado pelo CETAD por cinco anos (1999-2004), nas ruas da cidade de Salvador, e que agora será reinstalado nela, além da implantação nos municípios de Camaçari, Lauro de Freitas e Simões Filho, através do Programa Ações Integradas de Prevenção ao Uso de Drogas e Violência, da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) e do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça. Atender crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social, através da atuação de uma equipe profissional multidisciplinar formada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e redutores de danos, é o principal objetivo do Consultório de Rua, que utiliza como suporte um ambulatório móvel que vai até os locais onde se concentra o público-alvo do projeto.
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 De volta para Salvador, a idéia inicial ganhou novos contornos durante uma reunião com a equipe clínica do CETAD, após a constatação de que a presença de meninos e meninas de rua nos atendimentos do centro estava diminuindo. Ao indagar a estes pacientes acerca do não-comparecimento ao atendimento, Nery Filho percebeu que a metodologia institucional não se adequava às necessidades destes jovens e crianças. Foi a partir de então que ele resolveu ir à praça da Piedade, juntamente com Gey Espinheira, Jane Montes e Margarete Leonelli, a fim de observar o ambiente e modo de vida dos meninos e meninas em situação de rua, atividade a qual também orientou a seus alunos de Psiquiatria Forense e ficou conhecida como Bancos de Rua. Somadas estas três experiências ao trabalho dos Pontos Móveis, que o CETAD, na década de 90, desenvolveu a partir da lógica de redução de danos, focada na prevenção à contaminação do vírus da AIDS através de drogas injetáveis, Nery Filho redigiu o projeto do Consultório de Rua, que foi coordenado pela psicóloga Miriam Gracie Plena, durante cinco anos.
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“Ponte para o Impossível” - Miriam registrou todo o aprendizado obtido com o projeto em sua dissertação de mestrado defendida em 2009 ((acesse aqui a dissertação de mestrado), ), mesmo ano que o Ministério da Saúde reconheceu o Consultório de Rua como experiência institucional inovadora . Em entrevista cedida ao CETAD Observa, Míriam explicou o projeto como uma experiência “extra-muros”, sendo importante que aconteça no ambiente dos moradores de rua, pois a partir dela pode-se criar uma ponte para outros serviços institucionais. “É um dispositivo que pode articular com a atenção básica, com outros setores como instituições de saúde, enfim, para benefício destas pessoas”, argumenta.
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“Ponte para o Impossível” - Miriam registrou todo o aprendizado obtido com o projeto em sua dissertação de mestrado defendida em 2009 (acesse aqui a dissertação de mestrado), mesmo ano que o Ministério da Saúde reconheceu o Consultório de Rua como experiência institucional inovadora . Em entrevista cedida ao CETAD Observa, Míriam explicou o projeto como uma experiência “extra-muros”, sendo importante que aconteça no ambiente dos moradores de rua, pois a partir dela pode-se criar uma ponte para outros serviços institucionais. “É um dispositivo que pode articular com a atenção básica, com outros setores como instituições de saúde, enfim, para benefício destas pessoas”, argumenta.
  Andréa Leite, assistente social e atual coordenadora executiva do Consultório de Rua, também destaca como benefício “a possibilidade para esses meninos e meninas de rua de sair da invisibilidade e de saberem que existe um grupo de profissionais que se importam com a sua vida e que a valorizam, independente do seu modo de vida.”. Nery Filho denomina este processo como uma “ponte para o impossível”, a partir do momento em que possibilita à população de rua a consciência de seus direitos.
 
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