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De volta para Salvador, a idéia inicial ganhou novos contornos durante uma reunião com a equipe clínica do CETAD, após a constatação de que a presença de meninos e meninas de rua nos atendimentos do centro estava diminuindo. Ao indagar a estes pacientes acerca do não-comparecimento ao atendimento, Nery Filho percebeu que a metodologia institucional não se adequava às necessidades destes jovens e crianças. Foi a partir de então que ele resolveu ir à praça da Piedade, juntamente com Gey Espinheira, Jane Montes e Margarete Leonelli, a fim de observar o ambiente e modo de vida dos meninos e meninas em situação de rua, atividade a qual também orientou a seus alunos de Psiquiatria Forense e ficou conhecida como Bancos de Rua. Somadas estas três experiências ao trabalho dos Pontos Móveis, que o CETAD, na década de 90, desenvolveu a partir da lógica de redução de danos, focada na prevenção à contaminação do vírus da AIDS através de drogas injetáveis, Nery Filho redigiu o projeto do Consultório de Rua, que foi coordenado pela psicóloga Miriam Gracie Plena, durante cinco anos. | ||||||||
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< < | “Ponte para o Impossível” - Miriam registrou todo o aprendizado obtido com o projeto em sua dissertação de mestrado defendida em 2009 ((acesse aqui a dissertação de mestrado), ), mesmo ano que o Ministério da Saúde reconheceu o Consultório de Rua como experiência institucional inovadora . Em entrevista cedida ao CETAD Observa, Míriam explicou o projeto como uma experiência “extra-muros”, sendo importante que aconteça no ambiente dos moradores de rua, pois a partir dela pode-se criar uma ponte para outros serviços institucionais. “É um dispositivo que pode articular com a atenção básica, com outros setores como instituições de saúde, enfim, para benefício destas pessoas”, argumenta. | |||||||
> > | “Ponte para o Impossível” - Miriam registrou todo o aprendizado obtido com o projeto em sua dissertação de mestrado defendida em 2009 (acesse aqui a dissertação de mestrado), mesmo ano que o Ministério da Saúde reconheceu o Consultório de Rua como experiência institucional inovadora . Em entrevista cedida ao CETAD Observa, Míriam explicou o projeto como uma experiência “extra-muros”, sendo importante que aconteça no ambiente dos moradores de rua, pois a partir dela pode-se criar uma ponte para outros serviços institucionais. “É um dispositivo que pode articular com a atenção básica, com outros setores como instituições de saúde, enfim, para benefício destas pessoas”, argumenta. | |||||||
Andréa Leite, assistente social e atual coordenadora executiva do Consultório de Rua, também destaca como benefício “a possibilidade para esses meninos e meninas de rua de sair da invisibilidade e de saberem que existe um grupo de profissionais que se importam com a sua vida e que a valorizam, independente do seu modo de vida.”. Nery Filho denomina este processo como uma “ponte para o impossível”, a partir do momento em que possibilita à população de rua a consciência de seus direitos. |